Um belo texto de José Luís Peixoto, (re)interpretado pelas imagens de vídeo de uma aluna da Covilhã.
Encontrado em http://interactic.ning.com
Posted by Carlos Vaz em Junho 2, 2008
Um belo texto de José Luís Peixoto, (re)interpretado pelas imagens de vídeo de uma aluna da Covilhã.
Encontrado em http://interactic.ning.com
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Posted by Carlos Vaz em Outubro 17, 2007
Le Chat
Viens, mon beau chat, sur mon coeur amoureux; Lorsque mes doigts caressent à loisir Je vois ma femme en esprit. Son regard, Et, des pieds jusques à la tête, — Charles Baudelaire |
O Gato
Lindo gato, vem cá, vem ao meu colo; Quando os meus dedos, à vontade, afagam Vejo a minha mulher. O seu olhar, E da cabeça até aos pés Charles Baudelaire |
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Posted by Carlos Vaz em Março 21, 2007
Um poema (só) para ti, que lês o que aqui se escreve…
Ilha
Deitada és uma ilha E raramente
surgem ilhas no mar tão alongadas
com tão prometedoras enseadas
um só bosque no meio florescente
promontórios a pique e de repente
na luz de duas gémeas madrugadas
o fulgor das colinas acordadas
o pasmo da planície adolescente
Deitada és uma ilha Que percorro
descobrindo-lhe as zonas mais sombrias
Mas nem sabes se grito por socorro
ou se te mostro só que me inebrias
Amiga amor amante amada eu morro
da vida que me dás todos os dias
David Mourão-Ferreira
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Posted by Carlos Vaz em Março 21, 2007
Hoje celebra-se o Dia Mundial da Poesia.
Nesse contexto, é de louvar um novo braço do projecto Interact, com o “Interact Podcast – Ouvir e Aprender, que inicia a actividade com um leque de poemas que incide nos poetas lusófonos, evidenciando uma escolha criteriosa, orientada essencialmente para a vertente pedagógica.
Transcrevo aqui um dos meus preferidos, que não posso dissociar da excelente interpretação dos Trovante .
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza…
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
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Posted by Carlos Vaz em Janeiro 17, 2007
Uma metáfora da vida, onde o que se destaca é a importância de continuar a sonhar e a manter dentro de nós o desejo de sermos crianças.
Composição: Toquinho/Vinicius de Moraes
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
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